sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ainda sobre o Festival de Inverno Bahia e afins...


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Bom... Com o assombro da gripe do porco, muita gente se desesperou e resolveu vender seus ingressos e passaportes para o Festival de Inverno Bahia (FIB) para não correr o risco de contrair a doença. Daí o porque de os preços dos ingressos terem despencado na hora dos shows (coitados dos cambistas!). Gostaria muito de poder dizer aqui que quem não foi, perdeu, mas não é bem assim.

A quinta edição do Festival de Inverno Bahia era pra ter se tornado uma espécie de celebração, afinal um ciclo estava se fechando, mas não foi. A grade foi fraca e se revelou mais fraca ainda no decorrer do Festival. Nunca assisti a shows tão desanimadores. Houve um ou outro que salvou a noite, mas, no geral, decepção. Ainda assim, é impossível negar a importância do FIB para Conquista.

Na sexta-feira (21/8), um calor atípico surpreendeu o público, o que fez a animação ficar em alta. Mart´nália foi a primeira a subir no palco principal e fez uma apresentação bacana com muita batida e samba de raiz. Logo depois veio Zélia Duncan com um repertório cheio de baladas que pouco empolgou o público que ansiava por um show mais agitado, digno do Festival. Se fosse uma apresentação num teatro, ela teria tido mais sucesso. O Natiruts subiu no palco meio atrasado, mas, para compensar, fez a melhor apresentação da noite. Conquista tem uma grande legião de reggaeiros que levou sua vibe positiva ao evento. O último a subir no palco foi O Teatro Mágico, que eu não assisti devido ao grande atraso e ao cansaço. Ouvi dizer que foi bonitinho, encantador, mas que não é um show para o Festival. Uns amaram, outros não tiveram animação para assistir. Além do palco principal, houve apresentação da banda Excalibur, DJ Trindade e Zéu Britto – que foi o ponto alto dos palcos alternativos - na Tenda Alternativa Club Social; Edigar Mão Branca, Xâmego Proibido, Candango Doido e Forró Kiribamba no Barracão Forró Universitário Bradesco e um DJ mega antenado no palco do camarote, que não deixou a animação cair durante os longos intervalos dos shows do palco principal.

A noite de sábado (22/8) começou desfalcada. Titãs, uma das bandas mais esperadas do Festival não se apresentaria devido às más condições climáticas que impediram o pouso seguro da aeronave que os trazia (a versão oficial da Assessoria do Festival, uma entre tantas outras que já ouvi). Isso mesmo. O tempo virou de vez e o mega calor atípico de ontem deu lugar a um frio de cortar a pele, bem característico de Conquista nesta época do ano. No lugar do Titãs, se apresentou a Formidável Família Musical para um público praticamente inexistente. Eu, particularmente, não gostei nada da apresentação deles. Viajei totalmente na escolha da substituta. Antes não tivesse tocado ninguém. Logo depois da “Grande Família Musical” (apelido carinhoso dado à banda por alguns dos meus amigos), o Festival foi ao delírio com a vibração de Marcelo D2, que mandou muito bem e trouxe a vibe de volta à noite de sábado, fazendo a melhor apresentação da noite até mesmo na opinião dos que não conheciam muito bem o seu repertório e estilo. Carlinhos Brown entrou em seguida. Ao contrário do que eu esperava, não gostei do show. Sei lá. Eu esperava mais, principalmente depois do cancelamento do Titãs. Achei que Brown faria a melhor apresentação da noite, como o tão comentado pocket show que ele fez durante o lançamento do FIB, mas ele precisou apelar para os sucessos do Axé pra embalar o público. Ele foi transgressor colocando o Axé Music no palco principal do maior evento Pop Rock da Bahia, sem dúvidas, mas teve que ser porque ninguém estava gostando da sua apresentação Rock´n Roll. Eu, pelo menos, não tive a menor paciência. Agora a minha tristeza foi não poder assistir ao show da banda Moinho. Estava louca e ansiosa para vê-los, mas o atraso da chegada deles ao evento, o frio que fazia e o cansaço do meu marido, que estava a trabalho no Festival desde a terça-feira anterior, me fez querer a minha camona macia e quentinha. Soube que a Moinho arrasou com sua energia, repertório e simpatia. Ah!! Durante os intervalos dos shows no palco principal, a banda Abadaba fazia uma apresentação acústica no palco do camarote, colocando todo mundo pra dançar e espantar o frio. No Barracão Forró Universitário Bradesco se apresentaram Lordão, Fiá Paví, Fulôr de Cangaço e Rony Barbosa. E na Tenda Alternativa Club Social, DJ Tony e Ladrões de Vinil fizeram a alegria do público. A Formidável Família Musical estava escalada pra tocar na Tenda, mas como houve o remanejamento por causa do Titãs, a banda se apresentou no palco principal e não tocou mais na Tenda. Uma vez só basta, né, gente?!

No domingo (24/8), a expectativa por apresentações que salvassem o Festival de Inverno Bahia. Ainda tinham Mallu Magalhães, Skank e Biquíni Cavadão. Para a surpresa geral, o palco principal teve uma atração surpresa pra iniciar a noite, o DJ Marcos Bocayuva, apresentador do palco principal do FIB deste ano, com um set animado e de acordo com o ritmo da noite. No meio da badalação, percebi quase que um sussurro vindo do palco: “Boa noite, eu sou Mallu Magalhães”. Ela parecia muito tímida, mas foi bem acolhida pelo público que conhecia seu repertório e se mostrou fã, deixando-a mais à vontade para fazer uma apresentação bacana para a última noite do Festival. Logo depois, o Skank subiu ao palco principal e mostrou a que veio com um show dançante que misturou músicas novas com seus maiores sucessos na dose perfeita. Quem podia me ver, percebeu que eu estava curtindo horrores, quase enlouquecida. Para arrematar a apresentação, rolou até um bis. No embalo do Skank, veio o Biquíni Cavadão para fechar a noite com chave de ouro. Sim. O Biquíni Cavadão atendeu a todas as expectativas do público que o esperava ansioso desde a sua apresentação na primeira edição do Festival e seu retorno pouco tempo depois à cidade para um show promovido também pela TV Sudoeste. Gostei muito do show, mas não achei muito diferente das outras apresentações que havia assistido deles em outras ocasiões (na antiga LZ, FIB 2005, Sauípe Fest 2005 e o tal Show da TV) a não ser pela inclusão de sucessos de outras bandas que foram regravados em seu último disco 80 Vol. 2 – Ao Vivo no Circo Voador. Pode-se dizer que eu até já sabia a hora exata que ele ia jogar água no público. Não foi surpreendente, foi o esperado. Assim, o meu troféu The Best Show of Festival de Inverno Bahia 2009 goes to Skank. Usando o clichê: o Skank escancarou!!
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A Abadaba repetiu a dose da noite anterior agitando a galera do camarote entre os intervalos dos shows do palco principal. No Barracão Forró Universitário Bradesco, a animação ficou por conta do Cangaia de Jegue, Nóis e Elas, Entre um Gole e Outro e Chega Mais. Na Tenda Alternativa Club Social, Aguarraz, Ramanaia e DJ Robertinho seguraram o público. O último dia fez o Festival valer a pena.

Dito tudo isto, fica a sugestão para que, no próximo ano, a grade de atrações seja mais impactante e com bandas e músicos com um nível semelhante. Ainda existem grandes nomes de quem não se apresentou no FIB e, com certeza, faria o público delirar como Ana Carolina, Rita Lee, Jorge Aragão, Cachorro Grande, Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Edu Ribeiro, Alceu Valença, Seu Jorge e os novinhos NX Zero e Fresno, por exemplo. E por que não repetir o que já deu certo, como já aconteceu com o fabuloso Nando Reis e, este ano, com Biquíni Cavadão?

Ah!! Não posso me esquecer de comentar sobre toda a estrutura montada no Parque de Exposições, obra da Promo Show, de Elves Nery, o "Elvis não morreu" citado por Samuel Rosa do Skank na hora dos agradecimentos. Parabéns, Elves! No fim, tudo deu certo e valeu a pena. O Camarote Sonho de Valsa estava lindo, com cobertura em toda a sua extensão, protegendo da chuvinha fina e fria quem queria badalar na área do Boca de Forno e Espaço Empório. O palco principal e os palcos alternativos estavam de acordo com um evento do porte do Festival de Inverno Bahia. Os stands dos Patrocinadores Master e apoiadores também não deixaram por menos e, além de destacar suas marcas, promoveram um espaço lúdico e de interação com o público. A Vivo chamava a atenção pela iluminação cênica promovida pela Light & Sound Iluminação e movimentava o público com apresentação de DJs e brincadeiras diversas. A Moto Conquista, Cabral & Sousa e FAINOR também marcaram presença na área destinada aos patrocinadores e apoiadores. E o destaque ficou por conta da Fiat Cambuí Veículos que trouxe para Conquista o Caminhão Trapézio da Escola Nacional Circo Picadeiro com um grupo de picadeiro aéreo que se apresentou todas as noites do Festival. Tudo maravilhoso. Só não foi mais bonito porque a iluminação não foi feita pela Light & Sound Iluminação (Hahahaha... Tenho que vender o meu peixe!).

Para finalizar, parabéns à Rede Bahia e à equipe da TV Sudoeste pelo trabalho árduo para manter vivo o Festival de Inverno Bahia, em especial a Luciana Campodônio que suporta toda a pressão de todos os lados (organização, patrocinadores, fornecedores, vigilância sanitária, público, etc, etc); a Marcelo Santiago responsável pela coordenação (o famoso Bombril - Mil e Uma Utilidades. Ele faz as coisas acontecerem meeeesmo); a Mazinho, que foi trazido por Santiago para reforçar o time (e ser ludibriado por Fabinho, o DeeJayano que vem vamos ver direito o lance das credenciais, viu?! =D); a Júlio Jardim (eu o conhecia como Pérsio, mas ele falou que agora, depois da credencial, é Jardim – parente de Massinha) e sua namorada com quem demos boas risadas no backstage; e a todo o público que, independente da ameaça da Gripe Suína, do frio gelado e da garoa fina, esteve presente prestigiando esta festa que é muito importante para Vitória da Conquista.
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