Diva em momento "reflex".

Depois que inventaram a tal da DESCULPA, ninguém mais mede as palavras e sái por aí dizendo abóboras ao vento.

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Com a correria diária, é comum - e exige a boa educação - que, em certas circunstâncias as pequenas falhas na convivência humana venham acompanhadas de um pedido de desculpa. Por exemplo: no ônibus ou em lugares com muitas pessoas, quando esbarramos ou pisamos no pé de alguém, é comum pedir desculpas à quem foi atingido. Na rua, quando confundimos a aparência de algum passante com a de uma pessoa amiga, constatado o engano, logo pedimos desculpas: “Desculpe-me, pensei que era outra pessoa".

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O pedido de desculpa tornou-se um ato de boa educação necessário e corriqueiro em nosso cotidiano, mas não cabe ser usado em quaisquer circunstâncias. Ao contrário, devemos agir em nossas relações humanas da forma mais educada e social possível de modo que não seja necessário nos submeter a pedir desculpas a alguém. E não raro temos de, muito a contragosto, encarar o fato de que devemos nos desculpar por alguma coisa. Ces la vié...

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Salvo raríssimas exceções, nunca soube de alguém que, se dirigindo a um vizinho, tenha dito naturalmente: "Vizinho, seu filho quebrou a vidraça da minha janela, fiquei nervoso e enchi ele de porrada. Me desculpa, tá?". O patrão dá uma quantia em dinheiro para o funcionário ir pagar uma conta da empresa, o empregado gasta a grana e, na volta, se dirige ao patrão pedindo desculpas por ter gastado o dinheiro e tudo bem?

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O pedido de desculpa tem um universo de possibilidades muito reduzido; depende de quem pede e de quem recebe o pedido; se será aceito ou não e as consequências decorrentes. Qualquer pessoa minimamente esclarecida sabe disso.

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Assim, minha gente, como dizem por aí: "muita calma nesta hora!". A palavra dita, assim como a flecha atirada e a oportunidade perdida são três coisas que não voltam atrás. Belíssima sabedoria popular!