terça-feira, 19 de abril de 2011

Retratos da Vida: Os Bem Casados em "Reclamações minhas de todos os dias."

Meu marido é hilário. Vive falando que eu reclamo de tudo. Detalhe: este tudo a que ele se refere é justamente toda a bagunça que ele consegue instalar pela casa inteira.

Nós temos uma faxineira que nos auxilia semanalmente, mas é claro que neste intervalo eu tenho que fazer uma limpezinha básica (leia-se: tirar a poeira dos móveis e varrer o chão) de manutenção para tentar manter a ordem. Sim. Eu! Porque ele, segundo o próprio, não foi criado para fazer serviço de casa. Oi? E eu por acaso fui criada pra isso? Vá lá, relevo, né? Homem criado por avó é estragado duplamente, como todos já sabem, ainda mais sendo a referida avó a minha querida Domitília, que é uma santa, diga-se de passagem. E eu, que sou neurótica por limpeza, tanto que fico fiscalizando o serviço da faxineira (que ela não me leia!), não iria confiar na limpeza de homem, ou melhor, do meu marido, néam?!

Pois bem, no final de semana passado, bem na madrugada do sábado que a nossa faxineira viria pra cá, o interfone resolveu disparar (sim! ele está com defeito e noutro post eu conto a história do interfone). Meu marido, para evitar que eu acordasse (como é sweet! aham!), tirou o interfone do gancho. Resultado: a faxineira veio, como eu desconfiava e como ela mesma confirmou depois por telefone, tocou, tocou, tocou, tocou, ninguém atendeu, ela pensou que a gente estivesse viajando e foi embora. Acordei atordoada no final da manhã e percebi que já não dava mais pra ligar pra faxineira vir mais naquele dia. Portanto, nada de faxina.

Ok! Fiquei relax. Era sabadão, eu tava com preguicite aguda e, à noite, íamos pro show do Seu Maxixe no Clube da Derruba. Todo mundo sabe que lá na Derruba o espaço para shows é de chão de terra batida? Eu sabia e fui de galochas, até porque também o tempo está bem chuvoso por esses dias e eu detesto ficar com os pés terrosos ou enlameados. Sem problemas. Curtimos o show e voltamos pra casa, claro que com as solas dos sapatos cheias de terrinhas que se soltaram e ficaram meio que salpicadas pelo chão da casa. Não sei como não peguei a vassoura naquela hora mesmo para limpar tudo. Não! Sei sim! Foi a força da cerveja que não me deixou, rsrsrs...

Outro detalhe: estamos arrumando nosso jardim e sempre acaba entrando uma poeirinha da terra preta dos canteiros pra dentro do nosso #LarDoceLar, o que faz com que mesmo que eu varra mil vezes o chão, sempre vai ter uma poeirinha espalhada aqui e acolá.

Pois bem, todo esse blábláblá foi pra dizer que hoje cheguei do trabalho na hora do almoço e qual a minha surpresa? O chão da sala limpinho, varridinho. E meu marido com a carinha de quem fez um excelente trabalho e merecia um "Você brilhou!" bem do tipo que ganhávamos das nossas professoras do primário quando fazíamos nosso dever de casa com capricho e esmero. Não resisti e enchi ele de beijos até olhar pra porta da cozinha e ver toda sujeira ora varrida encostada no canto da parede. #Fail! Estava perfeito demais pra ser verdade. Juro! Foi impossível não reclamar.

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